Home Saúde Unidade de Araruama captou 41 órgãos, em 2024, no Programa RJ Transplantes

Unidade de Araruama captou 41 órgãos, em 2024, no Programa RJ Transplantes

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Fotos: Divulgação/ SECOM

O Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama, lidera as notificações e captações de órgãos na Região dos Lagos e reafirma sua relevância para o Programa RJ Transplantes. O HERC foi responsável por 41 órgãos captados, contribuindo para o total de 960 órgãos registrados no estado. Na quarta-feira, 12 de fevereiro, a unidade registrou as captações de um coração, um fígado e um rim.

Em um gesto de respeito e gratidão, profissionais do hospital formaram um corredor de palmas enquanto o corpo do doador, um jovem de 23 anos vitimado por um acidente de moto em Saquarema, era conduzido ao Centro Cirúrgico. Os órgãos captados foram transportados de helicóptero da Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) e beneficiaram três pacientes da capital.

A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdott) e da UTI adulto do Roberto Chabo, Michele Guedes, reforçou a importância da conscientização. “A doação é um ato de amor e generosidade. Eu mesma sou de uma família doadora. Meu pai faleceu em 2011 e doamos seus órgãos aqui no hospital. Cada sim é uma oportunidade de salvar vidas”, ressaltou.

Uma única pessoa pode salvar até oito vidas com a doação de órgãos sólidos — como fígado, pulmões e pâncreas — e beneficiar muitas outras com córneas, pele, válvulas cardíacas e ossos. A doação só é possível com a autorização da família, por isso é essencial que o desejo de doar seja compartilhado com os familiares. Dizer “sim” à doação, mesmo em um momento de dor, é um ato de nobreza que faz a vida renascer em outra pessoa.

Captação de pulmão foi um marco para o Sistema Único da Região dos Lagos

Fotos: Divulgação/ SECOM

Em maio de 2024, o HERC realizou a primeira captação de pulmão da Baixada Litorânea, um procedimento de alta complexidade que marca a história do SUS na região. Luciana Silva, irmã da doadora, compartilhou sua emoção. “Minha irmã teve morte encefálica após um AVC. Eu autorizei a doação porque acredito que, mesmo com a perda, outras vidas podem ser salvas. Foi o primeiro caso de captação de pulmão da região”, lembrou.

Reforço na estrutura de captação

Para fortalecer as ações de captação, o HERC formou, em janeiro de 2025, uma equipe exclusiva composta por médico, enfermeiros, psicólogo e auxiliar administrativo. A unidade também passou a oferecer treinamentos para aperfeiçoar as técnicas de retirada de tecidos, como córneas. As principais causas de morte encefálica que resultam em doações na unidade são acidentes de trânsito, perfurações por arma de fogo e acidentes vasculares cerebrais.

Fotos: Divulgação/ SECOM

O hospital também tem investido em conscientização, levando informação às escolas de Araruama. Em 2024, cerca de 500 alunos do projeto EJA (Educação de Jovens e Adultos) participaram de palestras sobre doação de órgãos. Em 2025, o projeto será ampliado para as escolas de ensino fundamental e médio.

Fonte: ASCOM Saúde Gov. RJ

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