Após capacitação técnica de fiscais, Município inicia operações conjuntas para identificar e retirar de circulação produtos falsificados e nocivos à saúde
A Prefeitura de Rio das Ostras deu início a uma série de ações para combater a comercialização de bebidas adulteradas e falsificadas no município. A iniciativa começou com a capacitação de servidores do Procon, da Vigilância em Saúde e da Coordenadoria Municipal de Fiscalização e Postura (Comfis), que, logo após o treinamento, foram às ruas participar das primeiras operações integradas de fiscalização.
Preocupada com o aumento de casos de bebidas adulteradas com metanol e outras substâncias tóxicas, a Administração Municipal estruturou um plano de enfrentamento que une formação técnica e ação direta. O curso, ministrado pela coordenadora executiva do Procon de Rio das Ostras, Michele Mansur, apresentou detalhes sobre os métodos usados na falsificação de garrafas e rótulos, além de orientar os fiscais sobre a identificação de produtos que entram no país sem tributação ou registro sanitário.
Para reforçar o aprendizado, foi elaborada uma cartilha de apoio aos fiscais, com orientações práticas sobre como reconhecer irregularidades em bebidas suspeitas — como tampas amassadas, lacres de má qualidade, rótulos com erros de impressão ou de português, líquidos com coloração duvidosa e garrafas avariadas. O material será utilizado como referência nas inspeções de campo.

Segundo Michele Mansur, a ação conjunta é essencial para garantir a segurança dos consumidores. “Nosso trabalho é garantir que as pessoas não sejam lesadas nem tenham a saúde colocada em risco ao comprar suas bebidas. Casos de adulteração com metanol têm levado pessoas aos hospitais, e precisamos agir preventivamente. Retirar do mercado produtos falsificados e descaminhados é uma questão de saúde pública e de proteção à vida”, afirmou.
A capacitação teve como objetivo preparar as equipes para atuar com conhecimento técnico e eficiência nas vistorias realizadas em bares, depósitos e casas noturnas. O trabalho é desenvolvido de forma integrada, com a participação também da Guarda Civil Municipal, Defesa Civil e Polícia Militar, sob a coordenação da Procuradoria-Geral do Município.
De acordo com o procurador-geral Renato Vasconcellos, a medida representa um avanço importante na defesa do consumidor. As bebidas suspeitas de adulteração são encaminhadas para análise laboratorial, com o apoio da Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Nirvana Braga, destacou que a união entre os setores municipais fortalece o resultado das ações. “Unir todas as equipes é importante porque dividimos saberes e multiplicamos experiências. Cada órgão contribui dentro da sua especialidade, e isso potencializa o combate à venda irregular de produtos. O país enfrenta um grave problema de saúde pública com a contaminação por metanol, uma substância altamente tóxica, que pode levar à cegueira e até à morte. Por isso, precisamos agir rápido para identificar e retirar essas bebidas de circulação”, explicou.
Vigilância Sanitária interdita depósito de bebidas por falta de condições adequadas e fabricação irregular de gelo.
Durante as primeiras operações, já foram emitidos autos de infração e apreensão, além da inutilização de bebidas vencidas e sem procedência. Em um dos estabelecimentos vistoriados, as equipes também encontraram fabricação irregular de gelo, o que representa outro risco sanitário relevante.
As fiscalizações terão caráter permanente, abrangendo diferentes regiões do município. A população pode colaborar denunciando irregularidades ao Procon de Rio das Ostras pelo telefone (22) 2771-6581.
Vigilância Sanitária suspende as atividades de um depósito de bebidas que fabricava gelo de forma ilegal e apreende produtos sem condições sanitárias. Mesmo em ações conjuntas voltadas às bebidas, o órgão reforça seu compromisso com a população ao verificar e eliminar riscos à saúde pública.
Com integração entre os órgãos e ações contínuas, Rio das Ostras reforça seu compromisso com a segurança alimentar, a saúde pública e a defesa do consumidor.
Texto: Redação
Fotos: Vigilância Sanitária e Secom