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Primavera traz à tona importância da preservação dos saruês na Região dos Lagos

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Período de acasalamento e presença de filhotes exigem atenção e respeito à fauna local

Com a chegada da primavera e o aumento das temperaturas, moradores de toda a Região dos Lagos têm registrado um número maior de aparições de saruês — conhecidos popularmente como gambás — em quintais, telhados e áreas de vegetação urbana.
Em Cabo Frio, por exemplo, a Guarda Marítima e Ambiental da Guarda Civil Municipal contabilizou 552 resgates entre janeiro e setembro deste ano, sendo 183 filhotes e 369 adultos.

Segundo o superintendente do grupamento, Ricardo Medina, o aumento nas aparições está diretamente ligado ao período de acasalamento da espécie, que ocorre justamente entre a primavera e o início do verão. “É uma fase natural do ciclo reprodutivo, quando as fêmeas estão amamentando e cuidando dos filhotes, por isso acabam se aproximando das áreas urbanas em busca de alimento e abrigo seguro”, explica.

Esse comportamento, embora desperte curiosidade e até susto em alguns moradores, é fundamental para o equilíbrio ambiental. Os saruês desempenham um papel importante no ecossistema: alimentam-se de frutas, insetos e pequenos animais, ajudando a controlar pragas urbanas como baratas, ratos e escorpiões, além de espalhar sementes e contribuir para a regeneração da vegetação nativa.

“Apesar da aparência diferente, os saruês não representam risco para os seres humanos e são extremamente dóceis quando não se sentem ameaçados. O ideal é não tentar capturá-los nem afugentá-los com violência”, reforça Medina.

Os principais incidentes ocorrem quando cães e gatos domésticos atacam os gambás, o que é um reflexo natural do instinto dos pets. Nesses casos, a orientação é afastar o animal e acionar a equipe de resgate especializado pelo número 153, canal direto da Guarda Civil Municipal de Cabo Frio, vinculada à Secretaria de Segurança e Ordem Pública.

Além dos resgates, Cabo Frio tem se destacado em ações de manejo e reintrodução dos saruês ao habitat natural. No mês passado, cerca de 50 animais foram soltos na Comunidade Quilombola Preto Forro, no Angelim-Araçá, em uma iniciativa conjunta da Secretaria de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente e Instituto Larissa Saruê. A ação faz parte da política de Saneamento Ambiental Integrado, que busca controlar naturalmente a população de escorpiões e promover o equilíbrio ecológico.

Com o aumento das aparições em toda a região, o alerta é claro: os saruês não são pragas, mas parte essencial da biodiversidade local. Respeitar o espaço desses pequenos marsupiais e compreender seu comportamento reprodutivo é um gesto de convivência responsável e cuidado com o meio ambiente.

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🌿 Em caso de encontro com um saruê ferido ou em risco, o cidadão deve contatar o 153 (Guarda Civil Municipal de Cabo Frio) para que o resgate seja realizado de forma segura e o animal encaminhado ao destino adequado.

Crédito: Monique Gonçalves
Fotos e fonte Prefeitura de Cabo Frio

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