Morador de Araruama é um dos passageiros que não conseguiram embarcar em avião que caiu em Vinhedo

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Adriano Assis, que não embarcou em avião que caiu, trabalha em Araruama e foi recebido com oração e recepção especial — Foto: Juan Lessa/g1

Adriano Assis, de 44 anos, foi recebido com emoção pela filha no Dia dos Pais. Colegas de trabalho fizeram uma recepção especial nesta segunda-feira (12).

Adriano Assis, de 44 anos, morador de Araruama, na Região dos Lagos do Rio, é um dos passageiros que não conseguiram embarcar no voo 2283 da Voepass na última sexta-feira (9), no Aeroporto de Cascavel, no Paraná. A aeronave caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, com 62 pessoas. Todas morreram.

Adriano foi recebido com emoção pela filha e colegas de trabalho. Ele atua na Coordenação de TI do Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama. A equipe do hospital recepcionou o colaborador com um café da manhã nesta segunda-feira (12). O momento foi de forte emoção para todos. Juntos, outros colaboradores abraçaram o amigo e oraram o Pai-nosso.

Isabela Assis, de 11 anos, filha de Adriano, mora em Cabo Frio e também participou da recepção no hospital em Araruama. No domingo, Dia dos Pais, Adriano ganhou um boné de presente e um abraço ainda mais forte e representativo.

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“Ontem foi um sentimento assim de um turbilhão de emoções. Fiquei com minha filha o dia inteiro. A gente comeu um churrasco lá em família. Depois fomos para a igreja agradecer ao senhor. Fizemos um culto de ação de graças ali naquele momento e, verdadeiramente, a prova de que Deus existe é nesses momentos”, contou Adriano.

Adriano disse que estava no Paraná a trabalho.

“Eu estava a trabalho no Hospital Regional de Toledo. Fazendo trabalho de informatização do hospital ,que é o que eu faço. Sou Coordenador de TI aqui do grupo IDEAS”, explicou.

Adriano contou porque não conseguiu fazer o embarque.

“Foi uma questão de má informação da Voepass. Não tinha nada informando, nem no letreiro e nem no microfone do aeroporto, que a Voepass ia operar. E, devido a isso, essa confusão toda acabou cooperando para que minha vida hoje esteja aqui celebrando com todo mundo que gosta de mim. Familiares, amigos e, principalmente, minha filha”, disse Adriano.

Adriano disse que o aeroporto chegou a marcar um outro voo para as 18h20, saindo de Cascavel, mas ele estava muito abalado psicologicamente e preferiu não ir.

“Liguei para minha direção para saber se poderia ir no sábado. Aí eu fui para um outro voo em Foz, que era direto para o Rio, e consegui voar tranquilamente”, disse.

Adriano contou ainda que recebeu a notícia da queda do avião no próprio aeroporto de outro passageiro que também havia perdido o voo.

“Eu me debrucei no balcão da companhia e comecei a agradecer a Deus porque, realmente, foi uma coisa divina”, disse.

Segundo o diretor do HERC, Mário Jorge Espinhara, a notícia deixou todos preocupados na sexta-feira (9).

“Fizemos contato com o Adriano que, inicialmente, para gente, estaria dentro daquela aeronave, e aí ele falou pra gente que ele tinha perdido o voo. E aí começamos o trabalho de mobilização. Ele estava muito emocionado. Todos nós ficamos também bastante emocionados com a situação. Pedimos para uma equipe resgatá-lo no aeroporto, levando de volta para o hotel, e aí foi iniciado todo o trabalho de comprar uma nova passagem aérea por um outro local que fosse mais confortável, com segurança, para estar trazendo o Adriano de volta”, disse.

De acordo com o diretor, a missão era que ele chegasse a tempo para passar o dia dos pais com a filha dele.

“Conseguimos. Ficamos felizes hoje em estar recebendo o Adriano aqui de volta no nosso ambiente de trabalho, próximos dos amigos, com a família. Ficamos orgulhosos por ele voltar, mas tristes pelas vidas que foram ceifadas com esse acidente”, contou.

Crédito: Portal G1

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