Nesta terça-feira (10), o Instituto Albatroz celebra um ano de atuação no Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), realizado pela Petrobras com exigência do Ibama. Ao longo desse período, 569 animais marinhos foram recolhidos em 25 praias entre Cabo Frio e Arraial do Cabo, sendo 216 resgatados com vida. Espécies raras como albatroz-de-nariz-amarelo, pinguins-de-Magalhães e petréis-gigantes passaram por reabilitação e foram devolvidas ao mar após tratamento especializado.
O projeto enfrenta desafios sérios: muitos animais chegam debilitados por ingestão de plásticos ou intoxicação causada por alimentos dados por banhistas. Por isso, é essencial não alimentar, tocar ou tentar ajudar animais feridos ou doentes. O correto é acionar imediatamente o PMP pelo número 0800 991 4800, disponível para toda a Região dos Lagos. Lembrando: tirar fotos com esses animais também pode agravar seu estado de saúde.
Com a chegada do inverno, começa a temporada de pinguins, que migram em busca de águas mais quentes e, muitas vezes, acabam encalhados nas praias. Eles não devem ser colocados em baldes com gelo, nem devolvidos ao mar. Mesmo parecendo tranquilos, estão estressados e podem estar doentes ou feridos. O resgate correto pode fazer a diferença entre a vida e a morte para essas espécies.
O trabalho do Instituto Albatroz vai além do resgate: inclui reabilitação, soltura e até necropsias para entender como as atividades humanas estão impactando a vida marinha. Com apoio da Petrobras, o projeto também desenvolve ações educativas no Centro de Visitação em Araruama. A população tem papel fundamental na preservação desses animais e pode ajudar com atitudes simples, como evitar o descarte de lixo nas praias e denunciar qualquer animal encontrado ao PMP.
