Equilíbrio e superação: bailarina do Theatro Municipal enfrenta o diabetes tipo 1 com apoio do IEDE

0
25
A bailarina Carolina Gomes, de 17 anos, do Theatro Municipal, trata o diabetes tipo 1 no IEDE, referência estadual em endocrinologia.

Internações por diabetes infantojuvenil crescem 22% na rede pública do Estado do Rio; instituto de referência oferece acolhimento e tratamento especializado para jovens pacientes

A leveza dos passos da bailarina Carolina Gomes da Silva, de 17 anos, ecoa a disciplina que ela também aplica na rotina de cuidados com o diabetes tipo 1. Integrante da escola de balé do Theatro Municipal, a jovem encontrou no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) o apoio necessário para equilibrar a saúde e seguir dançando. Em tratamento contínuo, Carolina já chegou a registrar glicemia de 236 mg/dL, mas hoje mantém o controle com acompanhamento médico e disciplina diária.

O aumento das internações de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 tem preocupado as autoridades de saúde. Segundo o Sistema de Internações Hospitalares do SUS, entre 2022 e 2024 o número de casos subiu de 239 para 292, representando um crescimento de 22% na rede pública do estado. O Brasil ocupa o terceiro lugar mundial em incidência da doença entre jovens, ficando atrás apenas da Índia e dos Estados Unidos.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, alerta que o diabetes também afeta a população jovem. “É um engano pensar que a doença acomete apenas adultos. Os sintomas podem surgir de forma abrupta e causar complicações sérias. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para evitar internações e sequelas”, enfatiza.

Mesmo com plano de saúde, Carolina optou por se tratar no IEDE, unidade estadual de referência. “Sei que estou no melhor lugar para cuidar da minha saúde. Aqui encontrei acolhimento, orientação e segurança. O diabetes não me impede de sonhar em ser primeira bailarina, basta cuidar e seguir o tratamento”, afirmou a estudante.

Localizado no Centro do Rio de Janeiro, o IEDE é referência nacional em endocrinologia e diabetes. O instituto realiza atendimentos ambulatoriais, exames laboratoriais e internações especializadas, além de oferecer programas de educação em diabetes para pacientes e familiares. O ambulatório infantil, voltado a crianças e adolescentes de 12 a 18 anos, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, mediante agendamento pelo sistema de regulação.

Entre 2023 e 2024, o ambulatório registrou cerca de dois mil atendimentos, com equipe formada por endocrinologistas, pediatras, nutricionistas, psicólogos e profissionais de enfermagem. A unidade também fornece insulina e kits de monitoramento (medidor de glicose, fitas e lancetas) para pacientes com diabetes tipo 1, em parceria com o Ministério da Saúde.

Para a endocrinologista e pediatra do IEDE, Juliana Veiga, o controle adequado da doença depende de acompanhamento médico, alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas. “É possível viver bem com o diabetes. Nosso trabalho é orientar o paciente para entender seu corpo, ajustar a rotina e manter o equilíbrio — sem abrir mão dos sonhos”, destacou.

Assim como na dança, o segredo está no equilíbrio — entre os passos, os cuidados e a determinação.

Fonte e fotos: Gov.RJ/ Saúde

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui