Rio avança na prevenção e no tratamento do HIV e da sífilis congênita

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Fotos: Divulgação Gov.RJ/saude

Municípios recebem certificações nacionais, visto que ampliaram diagnóstico, cuidado materno-infantil e prevenção combinada

O estado do Rio de Janeiro registrou avanços expressivos no enfrentamento à sífilis congênita e no fortalecimento das ações de prevenção e tratamento do HIV, sobretudo neste mês dedicado ao combate às infecções sexualmente transmissíveis. O monitoramento da Programação Anual de Saúde (PAS), realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), aponta que a razão de casos de sífilis congênita por sífilis em gestantes chegou a 16% no segundo quadrimestre de 2025, refletindo melhorias no diagnóstico e no cuidado materno-infantil.

Nesse cenário, Volta Redonda receberá do Ministério da Saúde o Selo Prata de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical da sífilis, tendo em vista os avanços no controle da doença. O município também será certificado pela eliminação da transmissão vertical do HIV, reconhecimento concedido apenas a localidades que atingem metas rigorosas de redução da disseminação.

Mesquita (único representante da Região Metropolitana I) e Teresópolis, na Região Serrana, também serão contemplados com o Selo Prata rumo à eliminação da transmissão vertical do HIV, já que cumpriram critérios estabelecidos nas ações de 2022 e 2023.

A cerimônia de entrega ocorre em 3 de dezembro, em Brasília, portanto marcando um resultado direto do trabalho integrado entre a SES-RJ e os municípios.

Linha de cuidado materno-infantil reforçada no estado

Para consolidar avanços, a Saúde estadual destaca a publicação da Nota Técnica SES/SUBVAPS nº 11/2025, que estabelece a linha de cuidado materno-infantil para HIV, sífilis, hepatites B e C e HTLV. O documento — elaborado pela Gerência de IST/AIDS, pela Gerência de Hepatites Virais e pela Superintendência de Atenção Primária — padroniza fluxos, protocolos e responsabilidades desde a atenção básica até as maternidades, garantindo acompanhamento integral de gestantes e bebês.

“A nota técnica unifica processos e fortalece o pré-natal. Mesmo com o aumento da sífilis adquirida na população, conseguimos reduzir a sífilis congênita, o que mostra que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado estão protegendo os bebês”, afirma Juliana Rebello, gerente de IST/AIDS da SES-RJ.

Dados mostram estabilização

Entre maio e agosto de 2025, foram registrados 3.964 casos de sífilis em gestantes e 629 ocorrências congênitas no estado — números que apontam tendência de estabilização em comparação com o mesmo período de 2024 (4.393 gestantes e 791 casos congênitos). O resultado se relaciona à ampliação do diagnóstico e ao acesso ao tratamento com penicilina benzatina, ofertada na rede pública.

A sífilis é uma IST curável, mas que pode causar graves complicações, incluindo aborto, parto prematuro e má-formação fetal caso não haja tratamento adequado.

Integração fortalece prevenção e tratamento

A SES-RJ tem pactuado a linha de cuidado materno-infantil com os municípios das nove regiões de saúde, ampliando estratégias de prevenção, testagem, tratamento e qualificação profissional. O conjunto de ações inclui videoaulas, oficinas presenciais, capacitações para Atenção Primária e Vigilância, além de apoio técnico contínuo para aprimorar notificações e sistemas de informação.

Em Volta Redonda, as equipes passaram por capacitações que fortaleceram a prevenção combinada entre 2023 e 2025, com acompanhamento técnico constante. Em Mesquita e Teresópolis, ações como rodas de monitoramento, visitas técnicas e oficinas de avaliação impulsionaram a eliminação da transmissão vertical do HIV.

“São esforços que consolidam o trabalho integrado entre estado e municípios, sobretudo para fortalecer indicadores e garantir políticas públicas mais efetivas”, reforça Juliana Rebello.

Fonte: https://www.rj.gov.br/saude

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