Cláudio Castro cria Força-Tarefa para investigar e punir responsáveis por incêndios criminosos

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Foto: Divulgação


Durante reunião do Gabinete de Crise, governador também anunciou a realização de ações para monitorar a venda de água, realizada por carros-pipa

O governador Cláudio Castro instituiu nesta segunda-feira (16/09) uma Força-Tarefa composta pelas polícias Militar e Civil, Detro, GSI e Secretaria de Fazenda para intensificar as investigações sobre incêndios criminosos e ainda regular a venda feita por carros-pipa. Com o monitoramento da comercialização de água, o governo quer evitar aumentos abusivos de preço, devido à estiagem que colocou em estado de alerta os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari.
O anúncio foi feito durante reunião do Gabinete de Crise, focada no controle dos incêndios florestais. Segundo o governador, mais de 20 suspeitos de envolvimento em queimadas criminosas já foram identificados pela Polícia Civil e estão sob investigação.


 –  É crucial que tenhamos uma resposta firme contra os incêndios criminosos. Precisamos identificar e punir os responsáveis, pois estão se aproveitando da situação climática para realizar queimadas intencionais. Enquanto isso, estamos cuidando da população. Fornecendo carros-pipas para as áreas afetadas pela estiagem e combatendo os poucos focos de incêndios que ainda existem – declarou Cláudio Castro.

Plano de contingência para enfrentamento da estiagem
Por determinação do governador, serão disponibilizados carros-pipa para as regiões afetadas, priorizando escolas, creches e hospitais. A Força-Tarefa também será responsável por monitorar e evitar a elevação dos preços de venda de água.
Em razão da seca, os sistemas de abastecimento de Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari estão em alerta. O sistema Imunana-Laranjal, que atende cerca de dois milhões de pessoas na região Metropolitana 2, opera com 90% da capacidade. As cidades afetadas incluem São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.


As represas do Sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio D’Ouro, São Pedro e Mantiquira), que abastecem parte da Baixada Fluminense, enfrentam estiagem histórica. As unidades captam água em mananciais menores, cuja disponibilidade depende diretamente do volume de chuvas para garantir a operação total do sistema. A concessionária Águas do Rio, responsável pela rede de distribuição na região afetada, realiza manobras para direcionamento da água do Sistema Guandu – que opera com 100% da capacidade – para as localidades atendidas. 


Para melhorar o fornecimento de água, o Governo do Estado, junto com a Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Cedae e concessionárias da região, realiza obras emergenciais. Entre as intervenções estão o desassoreamento do Canal de Imunana, responsável pela captação de água, e a instalação de bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu, para aumentar a oferta de água para tratamento.

Atuação do Gabinete de Crise no combate a incêndios florestais
Desde a criação do Gabinete de Crise, na última quinta-feira (12/09), o Governo do Estado já combateu 1.280 incêndios florestais. Na manhã desta segunda-feira (16/09), havia nove focos ativos sendo enfrentados pelos bombeiros militares.
Nos últimos dias, as aeronaves da corporação lançaram mais de 308 mil litros de água em operações aéreas, totalizando 474 lançamentos em mais de 60 horas de voo. Além disso, 34 guarda-parques do INEA participaram diretamente do combate às chamas, com outros 65 em ações de monitoramento. O efetivo de combate foi ampliado de 273 para 380 agentes.
Como medida de segurança, o governador determinou o fechamento de 40 unidades de conservação, para proteger a população e concentrar esforços no combate aos incêndios.


Participaram da reunião os secretários da Polícia Militar, coronel Menezes, e da Polícia Civil, Felipe Curi, além dos secretários de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, de Defesa Civil, coronel Tarciso Antônio de Salles, de Economia e Energia do Mar, Rodrigo Abel, o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, e o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.

Créditos Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

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