Durante passagem pela Indonésia e Malásia e participação inédita na Cúpula da ASEAN, presidente destaca avanços em áreas estratégicas e o fortalecimento do papel do Brasil no cenário internacional.
Visitas oficiais, reuniões bilaterais, acordos comerciais, abertura de mercados e uma intensa agenda de compromissos marcaram a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Indonésia e pela Malásia. Na reta final da viagem, que incluiu também participação inédita na Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Lula fez um balanço positivo da maratona diplomática e destacou o fortalecimento das relações do Brasil com países de rápido crescimento na região.
“É mais uma viagem exitosa do governo brasileiro ao exterior. Temos um potencial extraordinário em todas as áreas para crescer a relação com a Indonésia e a Malásia. O primeiro-ministro Anwar Ibrahim é uma figura extraordinariamente agradável, que gosta do Brasil e quer ter uma relação forte com o nosso povo”, afirmou o presidente.
Entre os resultados, o governo brasileiro trouxe na bagagem novos acordos e perspectivas em setores como agricultura, semicondutores, ciência e tecnologia, energia, segurança e educação.
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Portas abertas para novos negócios
A comitiva presidencial contou com mais de 100 empresários brasileiros, que participaram de reuniões e fóruns para explorar oportunidades de comércio e investimento. Lula destacou que as relações internacionais são construídas pelo diálogo direto e pela confiança mútua.
“O presidente não faz negócio, ele abre portas. E a receptividade tem sido extraordinária. Há muita vontade de conhecer o Brasil, a transição energética que estamos construindo — um país que tem quase 90% de sua energia elétrica renovável e, mesmo tendo petróleo, trabalha para reduzir o uso de combustíveis fósseis”, disse.
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Expansão do comércio e atração de investimentos
Lula ressaltou que o objetivo é elevar o comércio com a região a um novo patamar, superando os atuais US$ 6 bilhões anuais.
“Temos que fazer a nossa economia crescer, aumentar o comércio exterior, ampliar a atração de investimentos. Isso só se faz com a química rolando — não por WhatsApp, não por e-mail, mas pegando na mão das pessoas, olhando nos olhos e convencendo”, afirmou.
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Brasil ativo no cenário internacional
O presidente enfatizou que o convite para a 47ª Cúpula da ASEAN simboliza a retomada do protagonismo do Brasil no cenário global.
“Eu fui o primeiro presidente do Brasil a participar do G7, o primeiro a participar da reunião da União Europeia com a CELAC, da União Africana e agora da ASEAN. São 11 países com grande afinidade com o Brasil”, destacou.
O chanceler Mauro Vieira lembrou que a visita à Malásia encerrou um hiato de 30 anos sem presença de um chefe de Estado brasileiro no país. Ele ressaltou o apoio da Malásia à candidatura do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e comemorou o acordo de cooperação na indústria de semicondutores — setor no qual o país asiático é o sexto maior exportador mundial.
Principais agendas e resultados da viagem
• Malásia: assinatura de sete instrumentos de cooperação em semicondutores, ciência e tecnologia, pesquisa espacial e agricultura sustentável; abertura de seis novos mercados para produtos brasileiros.
• Vietnã: encontro com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh, com meta de ampliar o fluxo comercial bilateral para US$ 15 bilhões até 2030.
• Singapura: reunião com o primeiro-ministro Lawrence Wong para tratar de cooperação em inovação, economia verde, mineração e governança climática.
• Estados Unidos: conversa com o presidente Donald Trump sobre tarifas de exportação e estratégias para ampliar o diálogo econômico.
• ASEAN: destaque para o crescimento das trocas comerciais entre o Brasil e o bloco, que saltaram de US$ 3 bilhões em 2002 para US$ 37 bilhões em 2024.
Reconhecimento internacional
A Universidade Nacional da Malásia (UKM) concedeu a Lula o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia e Desenvolvimento Internacional e Sul Global, em reconhecimento à sua trajetória política e às políticas sociais e de inclusão promovidas durante seus mandatos.
“Temos que fazer a nossa economia crescer e, ao mesmo tempo, garantir que o desenvolvimento seja sustentável e justo. É isso que o mundo espera do Brasil”, concluiu o presidente.
Por Redação | O Sol Acontece
Fonte: Secom
