Passada a temporada de folia, o pediatra explica que estar em aglomerações pode propagar uma série de doenças
Com o fim do Carnaval, muitas pessoas voltam às suas rotinas e aproveitam o período para visitar familiares e amigos, incluindo recém-nascidos. No entanto, o endocrinologista pediátrico Dr. Miguel Liberato alerta para os riscos que essas visitas podem trazer à saúde dos bebês. “O Carnaval reúne multidões, facilitando a transmissão de gripes, resfriados e outras infecções”, explica o especialista, ressaltando ainda que aglomeração em festas, blocos e eventos cria um ambiente propício para a propagação de microrganismos.
Além das doenças respiratórias, mais comuns nesses casos, o Dr. Miguel explica que o contato com locais e alimentos compartilhados também pode espalhar infecções gastrointestinais, aumentando o risco de viroses entre visitantes e, consequentemente, nos bebês. Outro fator preocupante é que muitas infecções só manifestam sintomas dias após o contágio. “Alguém pode estar com algum vírus ou bactéria sem saber e, sem querer, transmitir a doença para o bebê”, sinaliza o médico.
É válido lembrar que os recém-nascidos ainda estão desenvolvendo seu sistema imunológico, o que os torna mais vulneráveis. “Adultos podem ter quadros leves de infecção, mas, para bebês, isso pode evoluir para problemas mais graves”, reforça.
Além disso, após dias de festa, é comum que as pessoas ainda estejam com resíduos de maquiagem, glitter e perfumes fortes. “Essas substâncias podem causar alergias ou irritações na pele sensível dos bebês”, alerta o Dr. Miguel. Mesmo com a diminuição dos casos de Covid-19, ainda há o risco de transmissão de doenças respiratórias graves para os pequenos. “Os bebês ainda são um grupo vulnerável a infecções respiratórias, que podem ser perigosas”, finaliza o especialista.
Diante desses riscos, o médico recomenda que visitas a recém-nascidos sejam evitadas no período pós-Carnaval. Caso sejam indispensáveis, devem ser feitas com todos os cuidados necessários, como higienização rigorosa das mãos, uso de máscaras e respeito ao distanciamento caso haja qualquer sintoma de doença.
